Orientador
Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP
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PROFESSOR TITULAR DO DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO/USP.

LINHA DE PESQUISA : FISIOLOGIA ENDÓCRINA

Projeto principal: CONTROLE NEUROENDÓCRINO DO EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO: ASPECTOS FISIOLÓGICOS, FISIOPATOLÓGICOS E MOLECULARES

Descrição: O nosso principal interesse é estudar o controle neuroendócrino da homeostase hidroeletrolítica nos seus aspectos fisiológicos, fisiopatológicos e moleculares. A manutenção da osmolalidade do líquido extracelular (LEC) dentro de limites estreitos de variação é essencial para o funcionamento das células. A composição constante do ambiente interno é regulada principalmente pelo equilíbrio entre a ingestão e a excreção renal de sódio e água. Os desequilíbrios que afetam a osmolalidade e o volume dos fluidos corporais são desafios dramáticos para a manutenção da homeostase hidromineral. Além das mudanças comportamentais, que estão integradas ao sistema nervoso central, a maioria das respostas sistêmicas recrutadas para restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico são realizadas por ações coordenadas dos sistemas cardiovascular, autonômico e endócrino, que determinam as respostas renais adequadas.

MINI CURRICULO

Antes mesmo da graduação em Medicina (1959), optou pelo trabalho experimental em Fisiologia sob a orientação do Prof. Miguel Rolando Covian, quando obteve os primeiros resultados indicando a importância do controle neural da ingestão salina. Fez seu doutoramento em 1962, Livre-Docência em 1968, Prof. Adjunto em 1968 e Titular em 1981. Após o doutoramento passou dois anos nos Estados Unidos, onde trabalhou com o Dr. Samuel M. McCann, um dos pioneiros na área de neuroendocrinologia.

Ao longo de sua carreira científica fez várias contribuições sobre o papel do sistema nervoso (SNC) no controle do equilíbrio hidromineral, com especial ênfase nas vias neurais envolvidas nesta regulação homeostática. Foi o primeiro a demonstrar a importância dos núcleos paraventriculares e supraópticos no controle da ingestão específica de sódio. (Am. J. Physiol. 1963, 205:922-926). Posteriormente, avaliou as principais vias neurais, neurotransmissores sinápticos e os mecanismos neuroendócrinos envolvidos na mediação desta resposta. Neste sentido demonstrou que o controle da ingestão de sódio é complexo e envolve além do hipotálamo, o bulbo olfatório, área septal, órgão subfornical e complexo amigdalóide (In: “Neural Integration of Physiological Behaviour, Edited by Mogenson, G.J. and Calaresu, F.R., University of Toronto Press, 1975, p.267-282).

A descoberta da existência do peptídeo natriurético atrial (ANP) no corpo celular de neurônios hipotalâmicos, em regiões relacionadas com o controle da ingestão/excreção de sódio, o levou a investigar a sua participação no controle da homeostase hidro-eletrolítica. A estimulação osmótica, adrenérgica, colinérgica e peptidérgica do hipotálamo induz à liberação do ANP. Por outro lado, a administração do ANP em regiões restritas do SNC inibe a ingestão de água e de sódio (Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 1985, 82:8720-8723 e Endocrinology 1986, 118:1726-1728). Por outro lado, a natriurese induzida pela estimulação colinérgica é acompanhada por um acentuado aumento na concentração plasmática do ANP, associado com a elevação do seu conteúdo no sistema neuronal ANPérgico hipotalâmico, o que sugere a ativação destes neurônios e sua liberação na circulação sistêmica (Proc. Natl. Acad. Sci. USA 1989, 86:9621-9625).

A liberação do ANP induzida pela expansão do volume extracelular (EVEC) é bloqueada quando se destrói os corpos celulares ou axônios deste sistema neural (Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 1991, 88:2956-2960). Estes resultados o levaram a concluir que a liberação do ANP induzida pela EVEC pode ser devida à liberação de neuropeptídeos do sistema hipotálamo-hipofisário tais como: endotelina (ET-3), MSH, ocitocina, vasopressina e do próprio ANP, que uma vez liberados na circulação sistêmica, estimulariam a liberação do ANP diretamente dos miócitos atriais. Recentemente, demonstrou que a desnervação sino-aórtica e renal diminui a liberação do ANP induzida pela EVS (Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 1992, 89:6828-6831), o que ressalta a importância do SNC em seu controle.

No presente momento estão sendo conduzidos experimentos que procuram demonstrar modificações na expressão gênica do ANP, vasopressina e ocitocina em áreas restritas do SNC em resposta à sobrecarga salina. A atividade de orientação científica a nível de pós-graduação tem sido muito fértil, contando-se entre seus orientados vários excelentes docentes-pesquisadores nas principais universidades brasileiras. Tem cerca de 251 artigos publicados em periódicos indexados e já orientou várias teses de doutorado e de mestrado.

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